segunda-feira, agosto 30, 2004

Reticências

Quantas janelas precisam ser descerradas para que o mundo seja visto? O mundo cru e ofegante.
Lado-a-lado, o homem percorre longos caminhos sem se dar conta do outro. O outro, uma sombra que o acompanha.
O olhar, sempre ocupado, não tem tempo a perder (nem a ganhar).
O olho mira, o olho cega, o olho veda e tudo ao redor parda.
Perde-se a vida.
Lá fora, o tempo passa impreterivelmente.
Aqui dentro... quem sou eu?

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