terça-feira, julho 25, 2006

Teorias amorosas (3)

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Antes de sair, ele beija-lhe a testa:
- Feliz aniversário.
Ela sorrindo:
- Não demoro. Nos vemos logo mais.
À tardinha, ela volta com o vestido novo e vê o envelope sobre a cama.
No começo dói, mas vai passar.”

domingo, julho 16, 2006

Teorias amorosas (2)

- O amor pode até acabar. É claro que isso não é bom, é triste, exige uma reeducação, um aprendizado de asas partidas.
- ...
- O que não pode nem deve acabar é a delicadeza do tempo, de tempos vividos.
- ...
- Garçon, um frisante.
- ?
- Brindarei às bolhas.
- O que tem elas?
- São como o fim do amor. Sentimos uma leve cócega ao final do gole que é para nos lembrar que não estamos de todo mortos.

quinta-feira, julho 13, 2006

Vitrine (1)

Veio lá de Portugal essa linda contribuição.
Obrigada, Agripina!


Love transcends. Christopher Lovely. 2006.


Meu amor, guardo-te ainda em mim, com a doce memória de quem te deseja em segredo. Queria-te mas não sei como, não sei onde. Preciso-te assim ausente, desaparecido de mim. Despido, nu e cru. Faz-me só amor. Até sempre.
– Faz-me só amor, peço-te. Percorre-me o corpo, adoça-mo. Quero ter-te em mim, sentir-te quente nos meus braços, sentir-te amargo. Percorre-me de ti, apossa-te de mim, do que me resta assim já morta. Toca-me com um dedo, germina-me. Fecha-me os olhos com saliva, prende-me a boca com mar, ata-me os braços de terra e enleia-te nas minhas pernas, transeuntes cansados. Cospe-me a alma, rasga-me o corpo, descobre-me os segredos e desata-me as lágrimas. Cobre-me de cor e diz-me baixinho: até sempre meu amor, até sempre. Olha-me a cantar, degola-me a sorrir. Gasta-me o corpo, mata-mo até ao fim.
– Meu amor, até sempre meu amor. Até sempre…

sexta-feira, julho 07, 2006

Teorias amorosas (1)

- Eu sempre acreditei que o amor era um objeto cortante...
- Como assim?
- Ao menor descuido perfura nosso coração.

sábado, julho 01, 2006

Is it a joke?

Cinematografia:

- This will hurt.
- Why isn't love enough?
- I fell in love with her, Alice.
- Oh, as if you had no choice? There's a moment, there's always a moment, "I can do this, I can give into this, or I can resist it", and I don't know when your moment was, but I bet there was one.

A vida na sua brutalidade:

- Sim, nos afeta porque amamos...eu fico louca de pensar que alguém está desfrutando um cheiro, um beijo, da pessoa que eu amo...a gente tem o amor como a terminação nervosa.
- Descobri que pessoas não andam; bailam.
- Eu pensei, as pessoas não andam, elas são como as borboletas...tocam levemente o chão e por pouco tempo.
- Somos a nossa melhor piada e isso na verdade é puro desespero. Rir de nós antes que alguém note as feridinhas.
- As minhas feridas eu mesma lambo.
- Verdade... sou lúcida demais para ser feliz.
- As pessoas não estão preparadas para os lúcidos.
- O caminho tem pedras.

Obrigada, Camila!