quinta-feira, agosto 15, 2013

Promessa (mais ou menos) cumprida

Há uns dias atrás, disse que voltaria para falar da aula-espetáculo do Ariano Suassuna. Não fui capaz. Era preciso estar presente para ver, sentir a força desse homem, das palavras desse homem, da fé na poesia desse homem... diante do estado completo de perplexidade, divido algumas fotos da exposição: O decifrador.
Vale dizer que algumas fotos são recortes meus, minha leitura, meu olhar, minha paixão pelas mãos de quem carrega na alma a dor e o gozo da pena.







Narrativas Poéticas

Exposição Narrativas Poéticas: delicadeza de unir imagens e poema.











quarta-feira, agosto 07, 2013

"Pequenas" tragédias do mundo moderno

- Meu filho, o que você quer ser quando crescer?
- Matador de aluguel.
(...)

Acho que não preciso dizer nada. Basta refletir: matou a família, foi à escola e depois se suicidou... é, como diria a Mafalda, o mundo não vai bem.

terça-feira, julho 23, 2013

Quando tudo faz sentido

Um dia ele me disse, “vai, Luciana, ser gauche na vida”, em tom de insulto, mas foi o maior elogio que recebi na vida.

Sabem o que eu fiz? Eu fui e não me arrependi.

terça-feira, julho 02, 2013

PS do PS do PS...

Não esquecer de publicar: impressões da aula-espetáculo do Ariano Suassuna, show Renato Russo, um palavra sobre as manifestações, um novo continho que está fermentando aqui na cabeça...

Eu volto, juro que volto!

segunda-feira, junho 17, 2013

Radiola (3)

Das coisas boas que o Pedro Ayres deixou pra mim:

quinta-feira, maio 09, 2013

Gente hipócrita!

Eu disse para mim mesma: não vale a pena, fica quieta, se finge de morta. Mas eu não consigo, não é da minha essência ver, ler, presenciar o grotesco e me calar.

Eu realmente fico pasma com a capacidade de algumas pessoas se horrorizarem com o mundo externo, mas não conseguir fazer a reflexão do que acontece entre paredes.

Já vou me adiantando: não, não estou a favor de criminosos, não estou insensível às misérias do mundo, às atrocidades cotidianas que são expostas como obras de artes nos jornais, televisões, internet...

Mas eu acho muito, muito estranho constatar que falta crítica, que falta coragem de encarar a própria imagem no espelho e se reconhecer parte do grande circo dos horrores, que pensamos estar lá fora, longe de nós.

Gente que se horroriza com a covardia de um pai que usa o filho como escudo, que enche a boca pra falar da violência do mundo, mas é incapaz de ver o quanto reproduz dessa violência com aqueles a quem deveria amar.

Qual o espanto ou o choque diante de uma matéria em que mostra um filho usado como escudo? Ou outra que fala de um atropelador que seguiu apesar de deixar um outro ser humano agonizando de dor na rua e depois de tudo jogar um braço no lixo para se livrar de qualquer vestígio de culpa? De outra, ainda, que explicita o extermínio de outro ser humano porque ele é negro, gay, mulher, nordestino, fala o que pensa, é o que é, sei lá, gosta de verde com bolinha roxo-batata. Vai saber!

Há séculos mulheres, crianças e idosos são violentados.
As estatísticas mostram que os maiores abusadores de crianças são aqueles que deveriam amá-las, pessoas do âmbito do lar, do privado.

Conheço, convivi com defensores de grandes ideiais, que abominam a violência, que se acham paladinos da democracia, que se denominam príncipes, tal qual Álvaro de Campos canta em seu Poema em linha reta, mas não hesitam em assediar moralmente, em violentar emocionalmente, em ser covarde no lar, em defender o direito de existir um partido nazista, porque, é claro, isso é parte da democracia; gente que se diverte com piadas machistas, que agride, que reificam a violência; gente que se acha cool, moderno, liberal, mas é preconceituoso, homofóbico, misógino; gente que tem um discurso preparado, mas não vê problema algum em humilhar a mulher, em tratá-la como seu brinquedinho ou se divertir com comentários agressivos, mas naturalizados, do tipo: mulher feia tem que dar graças a Deus por ser estuprada. E o máximo que conseguem dizer é: isso é um comentário babaca, infeliz, mas não contribui em nada pra perpetuar a violência de gênero. 

Para. Eu quero descer. Não aguento os defensores de ideiais quando eles estão fora do alcance dos olhos, da mão que fere, da língua que humilha, da omissão que dá passe livre para que tudo fique exatamente como está.

segunda-feira, janeiro 21, 2013

Há muitas coisas que não entendo. O ser humano é para mim um mistério insondável.
Prestes a completar um mês do fato mais absurdo que vivi nos últimos 5 anos, eu ainda não encontrei um motivo suficientemente forte para o ocorrido. Mas como não me foi dado o direito de voz ou do diálogo, eu me permito a pensar tantas possibilidades quanto minha racionalidade for capaz de fabricar.

Engraçado como, ao se sentir ameaçado, o ser humano ataca impiedosamente. Joga todas suas frustrações sobre quem está mais próximo, e não raro, quem estabelece relações de afeto profundas. Nesse instante, me lembrei de Álvaro de Campos, que em seu poema em linha reta, conta sua amargura ao se deparar diante de um mundo de príncipes, de pessoas retas, irremedialvelmente cheias de moral e ética, que lhe lançam olhares e palavras cheios de virulência. Senti-me vil, cruel e abjeta como o poeta. O outro? Incapaz de um ato vil. Covardes!

Depois, descubro, numa frase solta, que o possível surto foi um ato refletido, mas não compartilhado. Faltou afeto. A violência ganhou lugar. Para não esculhambar o seu futuro, valia a pena o soco.

Não pude desviar do golpe, mas tenho certeza que ninguém precisa da ajuda de ninguém para 'esculhambar' sua própria vida, contudo, como não é fácil admitir, é mais fácil atribuir a outro aquilo que me falta.

Muito provavelmente, este é o post mais absurdo e ininteligível que já escrevi em minha vida... não tem importância. Há momentos em que é preciso falar até que algo faça sentido ou quando o fazer sentido já não for uma questão tão importante assim.

domingo, janeiro 20, 2013

E chegou 2013... e com o ataque massivo das redes sociais, pensei que os blogs, ou pelo menos o meu, estavam com a morte decretada.
Fato: estou aqui novamente.
Fuçando a internet a procura de mais informações sobre Osman Lins, não é que esbarro num livro chamado Cecília entre os leões, de Gilvan Lemos. Queixo caído. Como assim? Cecília entre os leões? Aguçou minha curiosidade. Esse livro não deve ter esse nome à toa. Até onde pude conferir, o autor também é pernambucano... mundo estranho.

 Livro

Da última vez que estive em Sampa, batendo perna por tantas ruas e avenidas, a procura de um livro nos muitos sebos da cidade, não é que me deparo com um chamado Avalovara?

O mundo e seus mistérios :)