terça-feira, agosto 17, 2004

LAR DOCE LAR

Estou feliz da vida por recebê-los em minha nova casa.
Aqui não terei problemas técnicos quando quiser postar imagens. Lá no UOL, como não era assinante, tinha limitações terríveis neste sentido.
Ajeitem-se entre as almofadas, enquanto o Chico dá as boas-vindas.

Ah, a reforma da casa contou com a providencial ajuda da Carmela. Ela é minha maga e guru, além de sócia do Hormoniosas. Obrigada, querida.
Belzinha, o que seria da minha vida sem você, hein, hein? Beijos

NA CARREIRA

Pintar, vestir
Virar uma aguardente
Para a próxima função
Rezar, cuspir
Surgir repentinamente
Na frente do telão
Mais um dia, mais uma cidade
Pra se apaixonar
Querer casar
Pedir a mão

Saltar, sair
Partir pé ante pé
Antes do povo despertar
Pular, zunir
Como um furtivo amante
Antes do dia clarear
Apagar as pistas de que um dia
Ali já foi feliz
Criar raiz
E se arrancar

Hora de ir embora
Quando o corpo quer ficar
Toda alma de artista quer partir
Arte de deixar algum lugar
Quando não se tem pra onde ir

Chegar, sorrir
Mentir feito um mascate
Quando desce na estação
Parar, ouvir
Sentir que tatibitati
Que bate o coração
Mais um dia, mais uma cidade
Para enlouquecer
O bem-querer
O turbilhão

Bocas, quantas bocas
A cidade vai abrir
Pruma alma de artista se entregar
Palmas pro artista confundir
Pernas pro artista tropeçar

Voar, fugir
Como o rei dos ciganos
Quando junta os cobres seus
Chorar, ganir
Como o mais pobre dos pobres
Dos pobres dos plebeus

Ir deixando a pele em cada palco
E não olhar pra trás
E nem jamais
Jamais dizer
Adeus

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