segunda-feira, setembro 20, 2004

REVISITANDO

Quando assumi o blogspot como novo hospedeiro, ganhei maior liberdade nos posts, pude pintar as palavras, adorná-las com imagens. Contudo, "perdi" todo o conteúdo do antigo blog porque não há maneira de transportar os arquivos antigos.
Por vezes sinto falta de objetos que ajudam a compor a ambientação da nova casa, não trazê-los é o mesmo que estilhaçar uma trajetória, omitindo sua gênese.
Aos poucos, eu mesma farei a mudança que começa hoje.
Então, aos amigos que já me acompanham, peço um pouco de paciência: por vezes vocês lerão coisas já vistas.
Aos novos amigos, desejo boa leitura.

SUFOCAÇÃO

Sou como a escrita – imprecisa.
Tento entender e imprimir sentidos às coisas, ao mundo, todavia, convivo com a dualidade voraz de me saber limitada. Frágil, às vezes. Débil, jamais.
Oscilamos – eu e a palavra – nos anéis da espiral do tempo.
Mantenho meus pés e mãos voltados para o infinito.
Isto torna-me ciente do sonho quimérico da perfeição (inalcançável). Nem por isso desisto da busca transformadora, ousada e desafiante pela plenitude dos signos.
Confesso que, em algumas horas, fico cansada dessa insanidade, sinto-me exaurida, esvaziada, porque sei da impossibilidade de entender tudo e imprimir os sinais que conferem essa tal noção de sentido. Também sei que nem sempre existe entendimento ou símbolos suficientes para traduzir o vendaval caótico que se passa internamente em mim e no embrião da palavra.
Em outras horas, fico repleta de significação e desacredito das cercas, fronteiras que delimitam a criação e a minha rebeldia de transgredir.

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