terça-feira, novembro 09, 2004

isto, aquilo e tudo o mais

Queria amar de modo comedido, falar só o necessário, não sentir os estremecimentos de sua ausência, não perceber a inquietação dos seus pensamentos.
Amar o bastante, amar apenas o suficiente.
Não, não sei responder se amor-bastante, amor-suficiente é amor, afinal, eu não conheço um conceito que tenha a capacidade de definir com precisão este sentimento, mas eu gostaria de poder experimentar esse outro lado.
Gostaria de não me sentir perdida, de não ser tomada de agonia e angústia quando detecto na pele as reticências e indefinições represadas no íntimo de quem amo, gostaria de poder passar placidamente por suas águas revoltas, não me turvar diante de sua imagem distante. Queria poder esperar sem limites...
Qual a medida, qual o ponto de equilíbrio?
Quando saber se " o respeito pelo silêncio do outro" virou abandono?; se "a não invasão ao espaço alheio" virou descaso e solidão?
Amar se aprende amando não é regra geral.
Eu particularizaria: amar João se aprende amando João; amar José se aprende amando José, amar Tereza se aprende amando Tereza...
Amar é verbo vago e cambiante. Toda pessoa é uma exceção e suas regras não se estendem a sujeitos vários.
Amar também é uma identidade: pessoal e intransferível.

2 comentários:

Anônimo disse...

http://www.antibabacas.blogger.com.br/

Bom dia Luciana, viemos fazer uma visita; e ler seus belos textos. E como sempre não perdemos a viajem. Esse texto é muito bom, mas o anterior (inabilidade) esta magnifico! Parabens.
Abraços e ate muito breve.

Lu disse...

Olá queridos! Bom recebê-los aqui, novamente. Sim, a gente se "vê" em breve. Abraços.