terça-feira, dezembro 19, 2006

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Anthony by the sea. Nan Goldin


I carry your heart with me (i carry it in my heart)
I am never without it (anywhere
I go you go, my dear; and whatever is done
by only me is your doing, my darling)

I fear not fate (for you are my fate, my sweet)
I want no world (for beautiful you are my world, my true)
and it's you are whatever a moon has always meant
and whatever a sun will always sing is you

here is the deepest secret nobody knows
(here is the root of the root and the bud of the bud
and the sky of the sky of a tree called life; which grows
higher than soul can hope or mind can hide)

and this is the wonder that's keeping the stars apart
I carry your heart (i carry it in my heart)

E.E. Cummings

4 comentários:

Edilson Pantoja disse...

Oi, Lu! Pelo que vejo, o blog está mais freqüente, não? É uma pena e vergonha que eu não entenda inglês... Quanto ao post anterior, como os relacionamentos são atravessados por mal-entendidos, não? E o que é terrível, é que geralmente os parceiros preferem, por julgarem óbvio (quando na verdade não o é) o motivo de seu descontentamento, não conversar a respeito. Fiquei contente com sua visita!
P.S. Gostaria de saber mais sobre a Lu. Admiro a discrição, mas, por reconhecer tratar-se de alguém talentosa e inteliente, tenho curiosidade em saber mais do que capto nos textos e nas duas letrinhas (Lu). Mas não se dê ao trabalho, se não quiser. Abraço!
Outra coisa - sobre o comentário da Adelaide: talvez seja o navegador dela quem distorça a configuração das letras. Já passei por isso noutras situações.

Lu disse...

Olá querido!
Ainda não voltou a ser o que um dia foi, Edilson, mas o fato de você encontrá-lo mais recheado de palavras é um bom sinal, parece que a autora começa a despertar...rs.
Ops, desculpe pelo estrangeirismo no blog. É que andava lendo Cummings (e me apaixonei por esse poema que postei), mas não encontrei na internet uma tradução (talvez por falta de paciência de procurar mais), então decidi colocá-lo assim mesmo. Se você não se importar com a qualidade, posso traduzir e te mandar por e-mail.
Ah, Edilson, você foi no ponto. A série "Teorias amorosas" tenta falar sobre isso, sim. Sobre o desvelo, sobre o pouco interesse em lapidar relações. Ao menor atrito, as pessoas jogam tudo fora... muitas vezes partir dar menos trabalho do que ficar e dialogar, cuidar para vicejar.
Sobre o seu PS: obrigada mesmo pela suas palavras elogiosas. Costumo preservar minha intimidade sim, para que não aconteça o tão comum em blogues: ligar o autor diretamente com a histórias que conta, esquecendo-se que também há a ficção. Mas isso não é regra. Há pessoas na blogosfera que tornaram-se amigos íntimos, desses de toda uma vida. Se não estiver com pressa, depois conversamos mais sobre a minha e a sua pessoa por e-mails.
É verdade o que você falou sobre a Adelaide. Um amigo tinha um "Mac" e reclamava da visualização... acho que não poderei fazer muito quanto a isso, infelizmente.
Beijoca e até breve

Sandman of the Endless disse...

Princesa, o concretista Augusto de Campos verteu para a língua mátria os versos do cummings de um livro chamado Poema(s), editado aqui pela Francisco Alves. Não se anime... Lamento por ti (e por mim também, oras) pois essa obra está esgotada... Há anos garimpo-a pelos sebos...

Meu primeiro contato com o e. e. cummings (sim, ele costumava assinar com as iniciais minúsculas) se deu a cerca de uma década, quando um amigo gentilmente me deu um exemplar (que então duplicava em seu acervo) das "memórias" do José Midlin (conhece essa obra? [re]lê-la sempre me causa um prazer imenso). Lá pelas tantas o Midlin se atreveu (palavras e sentimento dele...) a traduzir um verso daquele autor. Ei-lo:

"Talvez não seja sempre assim; e assim te digo/
Que teus lábios, que eu amei, tocarem noutros,/
E teus dedos, fortes e queridos, agarrem/
Um outro coração, como ao meu em tempo tão remoto;/
Se no rosto de outro tua doce cabeleira se esparzir/
No silêncio que tão bem conheço, ou entre grandes/
Palavras sofredoras, que exprimindo demais em seu murmúrio,/
Impotentes se alinham ante o espírito acuado;/

Se isto se der, se isto se der, repito/
Tu que és tão minha, não o escondas de mim;/
Para que eu possa ir a ele, e, tomando-lhe as mãos,/
Dizer, Aceita de mim esta ventura toda./
Depois eu voltarei meu rosto, e ouvirei um pássaro/
Cantar terrivelmente longe nas regiões perdidas."

Desde então a força da poesia de cummings me conquistou, Lu. Como consolo, saio então pela net a garimpar as (raras) traduções existentes dele. Por isso, anjo meu, a sua, do poema publicado, será - desculpe-me a audácia - muito bem-vinda.

Lu disse...

Ah, O Midlin!!! Deliciei-me com o Roda Viva da semana passada, ele foi o entrevistado. Que pessoa querida! Obrigada pelos esclarecimentos sobre o poema.
Quanto à tradução, eu já a fiz e enviei ao Edilson. Creio que não a blicarei aqui no blogue. Não sou tradutora, apenas deleito-me em brincar com as palavras, dar-lhe o sentido literal segundo minha interpretação, minha leitura absolutamente parcial...rs.