quarta-feira, março 23, 2005

Cenas Urbanas

Sentado no parapeito da janela, ele contempla o mundo minúsculo lá embaixo.

Do décimo quarto andar, tudo fica tão menor, tão mais passível de solução e também tão distante.

A cidade fica intocável. As miniaturas humanas, vistas das alturas, parecem frágeis, bem mais frágeis do que o normal.

Uma mão desavisada, um passo em falso e tudo acaba-se.

“Como formigas, a multidão caminha em muitas direções, em filas indianas.
Segue o quê? A quem? Aonde vai com tamanha pressa? Por que não experimenta voar?”

Lá debaixo, daquele mundo que outrora fora pequeno, vê-se uma capa vermelha ondulando na janela.

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