quinta-feira, março 27, 2008

Torcendo para que chegue por aqui

Começa hoje, no Clube Monte Líbano em São Paulo, a comemoração dos 125 anos do nascimento do escritor, pintor e filósofo libanês Khalil Gibran (1883-1931) com o lançamento de medalha, mostra e debates sobre sua obra.

Photobucket

www.starnews2001.com.br/kahlil/museu_gibran.htm


A presidente da Associação Cultural Brasil-Líbano, Lody Brais, conseguiu do Museu Gibran filmes sobre o artista que começam a ser exibidos no sábado. Na sexta, será inaugurada exposição com livros, pinturas, cartas e documentos pessoais no hall do teatro do clube. E no domingo será instalado o busto do escritor na praça que fica entre as Avenidas República do Líbano e Afonso Brás.
Gibran teve sua obra marcada por grande misticismo e idealismo. Seu livro mais famoso, O Profeta, fala de um visionário que se prepara para uma grande viagem que talvez não tenha volta, o que deixa seus discípulos desolados, contudo, antes de partir, orienta-os acerca do amor, da amizade e da liberdade. Gibran tentou unir crenças e filosofias aparentemente inconciliáveis, uma da vez que o livro acentuadamente romântico foi influenciado por fontes de aparente grande contraste: Nietzsche, a Bíblia e William Blake.
Photobucket
www.starnews2001.com.br/kahlil/museu_gibran.htm

Gibran emigrou para os Estados Unidos e começou a escrever poemas e meditações para O Emigrante (Al-Muhajer), jornal árabe publicado em Boston. Ele também desenha e pinta e na exposição de seus primeiros trabalhos, atrai o interesse de Mary Haskell, sua mecenas. Mary custeia os estudos de Gibran em Paris. Lá, ele conhece Rodin e torna-se aluno do famoso artista. Uma de suas telas é escolhida para a Exposição de Belas-Artes de 1910.

Amai-vos...

Amai-vos um ao outro,
mas não façais do amor um grilhão.
Que haja, antes, um mar ondulante
entre as praias de vossa alma.

Enchei a taça um do outro,
mas não bebais da mesma taça.

Dai do vosso pão um ao outro,
mas não comais do mesmo pedaço.

Cantai e dançai juntos,
e sede alegres,

mas deixai
cada um de vós estar sozinho.

Assim como as cordas da lira
são separadas e,
no entanto,
vibram na mesma harmonia.

Dai vosso coração,
mas não o confieis à guarda um do outro.

Pois somente a mão da Vida
pode conter vosso coração.

E vivei juntos,
mas não vos aconchegueis demasiadamente.

Pois as colunas do templo
erguem-se separadamente.

E o carvalho e o cipreste
não crescem à sombra um do outro.

2 comentários:

dade amorim disse...

Lu, você mudou a decoração e a freqüência dos posts, que bom, mantendo a alta qualidade dos textos. Um brinde!
Beijo e feliz fim de semana.

Lu disse...

Dade, que saudade!
Pois é, resolvi remodelar a casa, colocar um pouco de cor. Quanto aos textos, estou tentando voltar à regularidade da escrita no blog.
Beijão e até mais.