quarta-feira, junho 14, 2006

Do silêncio

O azul de seus olhos esconde o mar revolto em seu peito. Eu não me engano com a transparência dessas águas, elas poderiam engolfar o mais remoto dos pensamentos.
O suposto equilíbrio repousa no fio da navalha, uma escorregadela e o diapasão produzirá sons eternamente distorcidos.
Desvio meus olhos daquela imensidão azul e repouso meu ouvido no seu peito – rochedo que ampara as investidas das ondas.
No momento, tudo o que posso fazer é ouvir o líquido dissolvendo o concreto.

5 comentários:

Anônimo disse...

Nossa, essa é belíssima e impressionante! Rochedo, peito, silêncio, equilíbrio, fio da navalha, azul...toda a poesia uma riqueza poética!! Beijo carinhoso! Alê

Lu disse...

Alessandra, agradeço sua presença nessa casa de cômodos quase abandonados... volte sempre.
Espero conhecer seu espaço em breve.
Abraço.

Anônimo disse...

Eu é que agradeço sua visita e por publicar coisas tão lindas, sensíveis e cheia de riqueza! Depois, me mande e-mail com seu endereço do blog para eu lincá-la, por favor! Ok?! Beijão!

Lu disse...

Alessandra, não consigo acessar seu e-mail ou blogue através do link do seu comentário... sorry.

Anônimo disse...

E-mail: conalesp@hotmail.com

Valeu! Beijos!