terça-feira, maio 10, 2005

O Reencontro

O contato da sua mão na minha indica-me um novo tempo.

Desvencilhei-me de seus dedos por alguns instantes e segui em direção à música. O jazz que saía daquele baixo acústico era-me muito familiar.
Aproximei-me lentamente, sabendo de antemão – não me perguntem como – quem eu encontraria.
Seus olhos – que ora pairavam sobre a platéia, ora se quedavam fechados – foram capturados pela minha presença silenciosa.
Por um segundo, ele perdeu o compasso. Depois sorriu.
Deixei o local da apresentação serena, sem hesitações.

Procurei novamente o calor de sua mão, entrelacei meus dedos nos dele e num afago senti nossas vidas transbordarem.

2 comentários:

TonMoura disse...

Precisamos de romantismos assim, sem aquela água com açúcar. Parabéns!

Lu disse...

Obrigada pela visita e comentário. Acho que precisamos aprender amar sem estigmas, amar simplesmente. Abraços.