Não fui capaz de escrever um único verso, hoje.
Nem mesmo as palavras mais rudes quiseram minha companhia – hibernaram em suas cavernas semânticas e guardaram para si toda sua significação.
Vontade louca de me comunicar, dizer algo, gritar ao mundo a respeito de minha existência, mas elas – as palavras – emudeceram. Talvez, quem sabe, elas também não tenham necessidade de silêncio e quietude?
Em solidariedade a elas e as muitas vezes em que prefiro o escuro e a ausência de sons para me confirmar pessoa, guardei lápis, papéis e bati em retirada.
Pela estrada fora, Erik Reis
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