Sentado no parapeito da janela, ele contempla o mundo minúsculo lá embaixo.
Do décimo quarto andar, tudo fica tão menor, tão mais passível de solução e também tão distante.
A cidade fica intocável. As miniaturas humanas, vistas das alturas, parecem frágeis, bem mais frágeis do que o normal.
Uma mão desavisada, um passo em falso e tudo acaba-se.
“Como formigas, a multidão caminha em muitas direções, em filas indianas.
Segue o quê? A quem? Aonde vai com tamanha pressa? Por que não experimenta voar?”
Lá debaixo, daquele mundo que outrora fora pequeno, vê-se uma capa vermelha ondulando na janela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário