quinta-feira, fevereiro 10, 2005

Vontade insaciada e insaciável de poder transformar o que me rodeia. Vontade de romper amarras ancestrais que o tempo arrasta para as minhas margens tal qual o mar que devolve para a areia o que não lhe pertence.

Quero ficar ressaquiada pelas ondas e pelas horas que sobram em mim, transbordando fomes do que é novo, do que é inusitado, do que é hemorragicamente necessário.

Não quero o que sobra dessas muitas marés porque o que sobra não é mais meu, é entulho, sargaço.
Ao fundo, o mar, Sonia Guerreiro

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