Tedeschi
Quando o cheiro das alfazemas do campo levantava, tudo em mim alegrava-se.
Eu já sabia que aquele cheiro traria consigo a sombra de um par de asas gigantescas riscando o céu e anunciando as delícias da manhã, afinal todos os anos voltava glorioso em seus matizes brilhantes e aveludados.
O vento crispava-se todo de prazer por tê-lo nas alturas, veloz, rasgando o éter; as flores ouriçavam-se em néctar para receber a visita que lhes renovaria a vida tornando-as prenhes de cores.
Vaidosamente, ele sobrevoava as colinas e por fim pousava no meu telhado, confirmando sua escolha, renovando os laços que se estreitavam a cada ano...
Antes de conhecer a brisa e o abrigo de suas asas, as alfazemas pareciam-me inodoras, pequeninas em sua discrição. Mas eis que com sua chegada, pôs em minhas mãos a esperança com sabor de baunilha e engendrou em mim o desejo de vida, de uma vida menos ordinária.
7 comentários:
A esperança sabor de baunilha que aquele par de asas sugeria, não me conforta. É linda demais esta imagem.
Adorei
Minha Lia, o João tem um par imenso de asas e ela sempre me confortam.
Beijos
... bonito
parabéns ao Joni
Obrigada, hole!
Vítor, domingo tem bolo e muito abraço gostoso :)
Sublime.
Letícia, obrigada ;)
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