Minha Lia, minha companheira de ofício, minha irmã de alma, não esqueci do teu aniversário.
Eu poderia escrever muitas coisas, mas jamais seria precisa como ela.
Eu poderia escrever muitas coisas, mas jamais seria precisa como ela.
Aproveitei e trouxe novas flores para o teu jardim ;)
QUERO ESCREVER O BORRÃO VERMELHO DE SANGUE
Quero escrever o borrão vermelho de sangue
com as gotas e coágulos pingando
de dentro para dentro.
Quero escrever amarelo-ouro
com raios de translucidez.
Que não me entendam
pouco-se-me-dá.
Nada tenho a perder.
Jogo tudo na violência
que sempre me povoou,
o grito áspero e agudo e prolongado,
o grito que eu,
por falso respeito humano,
não dei.
Mas aqui vai o meu berro
me rasgando as profundas entranhas
de onde brota o estertor ambicionado.
Quero abarcar o mundo
com o terremoto causado pelo grito.
O clímax de minha vida será a morte.
Quero escrever noções
sem o uso abusivo da palavra.
Só me resta ficar nua:
nada tenho mais a perder.
Nenhum comentário:
Postar um comentário