terça-feira, junho 29, 2010

Da futilidade

Não gosto de futebol, não sou entendedora. Troco qualquer jogo de qualquer campeonato por uma tarde com os amigos ou um cineminha ou por uma leitura prazerosa, em casa.

Mas na Copa, as coisas mudam. Essa construção social é avassaladora, trabalha com o inconsciente coletivo com muita mestria.

O fato de não ser uma torcedora dedicada não me torna uma analfabeta no esporte. Conheço os jogadores, consigo acompanhar os lances e, por incrível que pareça, já sei até identificar quando ocorre um impedimento.

Agora me expliquem por que as mulheres ainda se submetem a participar de reportagens em que a única coisa que se sobressai é a futilidade? Enquanto todos prestam atenção no jogo, elas – muito bonitas e maquiadas – fofocam feito lavadeiras (perdoem-me as lavadeiras, não é preconceito, apenas não encontrei comparação mais senso comum do que essa).

Quando perguntam se conhecem algum jogador, todas em uníssono respondem: Kaká e Júlio César! (Aimeupaieterno!!!).

O cara da mesa ao lado diz que elas são mais barulhentas do que as vuvuzelas e as babac..., digo, beldades morrem de rir com o “elogio” proferido pelo rapaz.

Jesus, tenha piedade. Vou ali me matar e já volto.

Curtas da Copa

Nada melhor do que uma vitória para que a imprensa vira-casaca mostre a cara.
Vai sal grosso aí, Dunga?