terça-feira, agosto 22, 2006

Desprezo os covardes porque disfarçam sua omissão sob a máscara da timidez.
Ratos, todos eles! Alimentam-se das sobras do pavor,
Roem nossos sonhos deliciando-se com seus sobejos.
Vis! Incapazes de um gesto ou palavra.
Dormem tranquilamente enquanto pernoito na escuridão.
São tão numerosos! O que podem os gentis contra eles?

sexta-feira, agosto 04, 2006

LuZ

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Basilique de Domrémy. Ricardo Alves.

Escuto Bach.
Meu Deus, que alma translúcida é essa?!
Escuto Bach. Elevo-me aos céus e penso: não pode haver avareza depois de Bach.
Os miseráveis deveriam, pelo menos uma vez ao dia, ouvir a abundância de Bach como prescrição médica.

- Doutor, tenho o coração seco.
- Ouça Bach, meu filho.

Ou então:
- Estou fazendo análise.
- Oh, que ótimo. Está gostando?
- Muuuito.
- Ele é reichiano?
- Não, é bachiano.

Nesses dias de ressaca, Bach é esperança pura. Fecho os olhos, abro os ouvidos da alma e posso ver a vida novamente: amores-perfeitos em flor; rosas amarelas – perfume sem frascos; um céu de azul-infinito.
Enquanto o mar em mim não acalmar, amanhecerei Bach. Todos os dias.