sexta-feira, junho 24, 2005

"Mas louco é quem me diz e não é feliz"

Estou lendo O ovo apunhalado, de Caio Fernando Abreu e estou gostando muito. Os contos oscilam, ora são delicados, ora são pura violência. Eu gosto de palavras assim como as do Caio Fernando, apaixonadas, intensas, viscerais.

Divido com vocês o texto* (não seria um poema?) “de um louco anônimo”:

“Estive doente,
doente dos olhos, doente da boca, dos nervos até.
Dos olhos que viram mulheres formosas
da boca que disse poemas em brasa
dos nervos manchados de fumo e café.
Estive doente
estou em repouso, não posso escrever.
Eu quero um punhado de estrelas maduras
eu quero a doçura do verbo viver.”

* CFA transcreveu fragmento da reportagem “Crime e loucura”, feita por Caco Barcelos e que foi publicada na extinta Folha da Manhã, Porto Alegre - RS

4 comentários:

Lu disse...

Nooossa! Quanto tempo, meu querido! Estou muito contente e surpresa com a sua visita. Volte sempre que quiser, "a casa é sempre sua, venha sim!" Beijão.

Anônimo disse...

que lindo, vc tem razao.
bigadu por este presente.
bjokas e apareça

Anônimo disse...

obrigado pela sugestão LU...beijo grande

Lu disse...

Lili, deixa a poeira baixar pelas bandas de cá que prometo fazer uma visita. Beijoca// Ei Vítor, saudades. Outro beijão.